No capítulo de Insensato Coração que foi ao ar na segunda feira, o escritor da novela retratou de forma clara o Sistema Prisional Brasileiro. Vejam que a Norma - personagem da Glória Pires - na trama, era uma mulher honesta que por devaneios amorosos com um vigarista, se vê de uma hora para outra condenada por um crime que não cometeu, até ai tudo bem, a poliça e a justicia também erram. Neste caso foi difícil, visto que o golpe foi bem aplicado. Hoje sabemos que a própria cadeia abriga atualmente uma quantidade de mulheres presas em situações semelhantes (amor).
No caso da Norma, hospedada no complexo prisional, ela tornou-se uma homicida em potencial, pois seu crime está envolto com todos os agravantes da sordidez de um crime premeditado (matou pra roubar, não deu chance de defesa a vítima e outras, que a raça do Direito adora).
Justamente neste ponto que se quer chegar, ou seja, a transformação que o sistema prisional consegue fazer na vida das pessoas. Realmente a máxima que a cadeia é a universidade do crime é verdadeira. Norma fez logo o mestrado e doutorado e vai sair às ruas pronta para arrebentar quem se opuser a sua sanha vingadora, independente das vítimas que aparecerem, até porque para atingir seus objetivos de acabar com o vigarista Léo ou Armando - Gilberto Braga Nunes - no enredo, ela não poupará os meios necessários para vê-lo vizinho da Araci (Cristiana de Oliveira) no inferno.
O retrato da realidade do Sistema Prisional do Brasil, em Insensato Coração está fidedigno.
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